Quando eu for presidente do mundo…

Episódio 1 – ROUPAS

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…e precisar comprar uma roupa nova, vai existir uma loja onde eu encontre camisetas de algodão, nas cores branca, preta, vermelha, amarela, verde, azul e afins (os afins não incluem rosa danoninho). Sem estampa, dois tipos de gola: redonda ou em V. Sem bolso, sem aplique, sem frases desconexas em inglês, sem etiqueta do lado de fora, sem caveira estampada.

Nela eu também vou encontrar um jeans, em que entrem minhas pernas e que não me faça parecer cagado, ou uma bailarina gorda. Vai cair bem, sem apertar mais que minha cueca, e ter umas três ou quatro lavagens, todas decentes. Nada de rasgado no joelho, tachinha na lateral ou tag na bunda, pois a intenção é usá-la todo dia, e não somente durante as festas do mês de junho. Tem que caber celular, carteira e chave no bolso. Cores de gente, e nada de branco.

Se precisar de uma bermuda, misture as definições de camiseta e jeans, e tá tudo certo. Um cinto? Preto. Fivela que encaixe, sem inspirações no The Big Bang Theory (fivela não é colete à prova de bala, nem escudo do Capitão América). Liso mesmo, do material que for. De pano inclusive. Meias, cuecas, tênis… seguem todos a mesma filosofia. Tudo junto, num só lugar. E justamente por oferecer tão e somente o básico, sem firulas, será um lugar acessível ao bolso.

Porque moda vai e vem. Mas algumas coisas são eternas.

*Inspirado num papo que tive com a Dé por diversas vezes. Deve virar uma série, que trate de como o mundo podia ser muito mais simples e fácil, mas a gente insiste em complicar absolutamente tudo.